Eu sou um número, mas não sei a seqüência lógica de meus algoritmos.
Eu sou corredor, mas não sei cadenciar, conseguir o melhor ritmo.
Eu sou a luz, mas não sei qual a fonte de tanta energia.
Eu sou feliz, mas não sei o que me dá tanta alegria.
Talvez eu seja uma letra, que dentre tantos alfabetos não consiga me identificar.
Talvez eu seja uma tartaruga, que de tanto viver só consegue se arrastar.
Talvez eu seja a escuridão, que de cada sombra extraia somente a solidão.
Talvez eu seja triste, que a cada erro eu não considere um perdão.
Poderia ser um desenho, e traçar meu futuro como bem entendesse.
Poderia ser relâmpago, e clarear minhas idéias sem que alguém as vendesse.
Poderia ser o Norte, e achar meu caminho como bem acreditasse.
Poderia ser o Sul, e deixar que um amor um dia me guiasse.
Mas eu não quero entender como as coisas acontecem.
Mas eu não quero entender porque as coisas me desobedecem.
Mas eu quero entender porque tudo é assim.
Mas eu quero entender a escolha que é melhor para mim.
Tenho facilidade de com palavras machucar a pessoa
Tenho dificuldade em me recuperar quando alguém me magoa
Mas se tenho facilidade de machucar
Deveria ter a facilidade de perdoar
Viver a arte eterna de amar?
Ou a paixão momentânea?
Não sei se amo à beira do mar,
Ou se me apaixono em cima da montanha.
quarta-feira, julho 08, 2009
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