quinta-feira, dezembro 15, 2005

A história da noz

Era uma vez, uma noz, uma voz e o que seria de nós?

Vem chegando o natal. Natal de tantos significados, presentes, renascimento, enfim, algo a ser lembrado. Para outros o natal não representa muito, é somente mais uma data dos trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas anuais. Eu não sei dizer onde me encaixo. Já tive natais ótimos, só não me lembro de quais, como também, já passei por péssimos natais, desses lembro-me perfeitamente.

Não importa muito o contexto, péssimo ou bom; para mim o natal é um preparativo para o ano novo, esse sim, deve trazer algo de bom. Mesmo que tudo ao seu redor, esteja, ou seja, péssimo, o ano novo é “a hora da virada”, é quando você repensa sua vida e tenta tomar um novo rumo, tenta melhorar de uma forma geral.

Infelizmente não tenho muito a mudar, tudo o que posso fazer, é bolar estratégias, de como agir, como ser, repensar minhas formas de expressão. Mudar minha vida não é meta para este ano novo. Vou até deixar uma meia na janela, pode ser que “Papai Noel” traga a solução para meus problemas. Pensando bem, vou colocar dez meias em cada janela, se ele trouxer uma solução de problema para cada meia, eu ficaria extremamente feliz. Caso ele queira resolver todos os meus problemas, eu acharia melhor arrendar uma malharia, assim desprezando uma provável escassez de fios, eu teria todos os meus problemas resolvidos.

E quem não tem problemas a resolver? Acho que todos temos, mas problemas de “A” a “Z”, incluindo alguns outros alfabetos, acho pouco provável. Acho que este natal será mais um dia típico, exceto por um fato: os amigos. Caso algum amigo me convoque, estarei lá. Pode ser que a partir daí, o natal melhore um pouco.

Acho legal passar o natal “em família”. Só que isso, para mim, é fantasioso demais. É um momento triste, pois você as famílias em confraternização, todos à mesa, uma ceia, presentes, tudo isso, me remete a tempos remotos. Falar de família é como falar de time de futebol, todos discordam de algo, todos concordam com algo e não há concordância alguma entre todos. Toda unanimidade é burra? Talvez. Acho que mais uma vez, vou “simular” meu natal, fazer caras e bocas, expressões de felicidade, e no final, após um cálice de vinho, chorar. Não dá nem para contar regressivamente, para trazer alguma emoção, pois é natal; as lágrimas ocorrem quase que instantaneamente, sem qualquer explicação.

Por incrível que pareça, meus melhores natais foram trabalhando, eram os mais divertidos. Não tínhamos tempo, para pensar em “família”, a existência ou não dela. Simplesmente era divertido, nada mais. Lógico, não posso esquecer do aniversário do Igor, véspera de natal, acho que foi o grande presente de Deus, por vezes, penso ser “presente de grego”, porém aquela coisa fofa, meu filho, ou não; não merece corroborar meus sentimentos ingratos, e por vezes, insensatos. Ele não é, e nunca deverá ser, o alvo de minha raiva, minha ira, de meus resmungos, contra algo, ou alguém.

Presentes de natal podem vir depois. Meu presente maior, veio após o carnaval. O café. Meu carnaval deste ano foi super legal, não fiz nada demais, mas estava com meus amigos, me divertindo. Eu e LP, atormentando São João Nepomuceno. Não tinha nada grandioso lá, como sempre; mas encontrei alguns amigos por lá, e estava na presença de um deles.

Vamos deixar a tristeza de lado, volto às nozes. Minha cesta de natal, proporcionou-me comê-las, não sou muito chegado, mas comi. Comedia é pegar o alicate para quebrar as nozes, por não estar presente em minha dieta, nunca tive vontade de comprar um quebra-nozes. Até pensei em alugar o DVD “O quebra nozes”, mas acho que não encontraria um manual de instruções, oferecendo-me a oportunidade de aprender a quebrar as tais nozes. Vou fazer uma doação ao GreenPeace, já com carta de recomendações, pedindo que eles escravizem esquilos, para que a industria das nozes já me mandem essa “budega” sem a casca.

Deu saudade da Bahia. Onde mais eu posso comprar uma caixa de supermercados, dessas de compras, cheia de cajus, por cinco reais? Onde mais eu posso comprar meio quilo de castanhas por três reais? Ôoo tempo bom! É foi muito bom, mas não abriria mão de meu “sossego” de hoje em dia, de minha faculdade, para voltar no tempo, JAMAIS. A lei áurea acabou né? Fala sério.

Estou pensando em viajar, não sei como, mas estou. Pensar é um ato legal, você pode viajar para o Iraque, sem se machucar, sem tomar um tiro, ou ser atacado por um carro bomba. Minhas “viagens”, agora, estão voltadas para o sul do Brasil. O sul tem algo que eu talvez, tenha deixado escapar, ou não. Acho que o Maomé aqui, não tem as mínimas condições, não agora, de chegar à montanha; mas o Maomé esperará a montanha chegar até ele. Ano que vem está chegando, o vestibular DO ANO QUE VEM também. Não queiram entender, se fosse para entender, eu explicaria explicitamente, não implicitamente, mas se queres saber, pergunte-me.

Estou escrevendo tanto que vou esgotar meus assuntos, já fiz passagens, neste texto, por todas as partes do Brasil. É fácil escrever, quando se tem um assunto como objeto, quando não o temos fica difícil.

Esta não é minha mensagem de natal, vou escrevê-la, antes do natal e vou postá-la.

Abraços a todos

Turbo
Eduardo Xavier

Ps. Na verdade continuo sobre a mesma condição, distraindo as verdades e enganando o coração. Até quando?

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