Promessa é divida. Cumprir essa promessa não é tarefa fácil. Passar um ponto de vista sendo imparcial, quando você está inserido no contexto, é abstruso.
Para melhor entendimento é necessária uma avaliação do contexto histórico em que eu estava, ou estou inserido. Escrever isso pode gerar uma série de discordâncias e uma série de concordâncias, portando, é controverso. Quem sou eu para agradar a gregos e troianos?! Este texto necessitará de outros para relacionamento dos fatos.
Há aproximadamente Quatro anos e meio, conheci Cristina. Minha situação não era nem um pouco desejável social ou financeiramente falando. Ela surge como panacéia e hoje desaparece com o mesmo sentido. Não vou achincalhar aqui, a vida alheia, mas entendam que é minha idéia final, quando olho para trás e coloco tudo "na balança".
A situação dela (quando eu disser: - Ela, neste caso, leia-se Cristina) também não era desejável. Como em uma sociedade (de sócios), a empresa cresce quando há capital. Vimos então, a possibilidade de crescimento se uníssemos o nosso capital. Não vejam necessariamente como uma situação de interesse financeiro, mas é mais fácil, dois pagarem uma conta, do que dois pagarem duas contas, de forma separada. Posso estar enganado, mas creio que este é o principio de toda junção, de toda associação. Visa diminuir os custos e aumentar a receita. Como era uma situação em que uníamos o que havia de relacionamento e necessidades, resolvemos morar junto.
A principio foi bom, não ótimo, apenas bom. Completávamos-nos em quase todos os sentidos, exceto dois: ideal e cultural. Esses dois são a falha, que jamais poderia passar despercebida. Disse-me uma psicóloga, que a mente humana tende a acomodar, quando não está sendo trabalhada. Hoje consigo ver o que quer dizer isso, até por que isso foi me dito ontem (04/11/2005). Como assim Eduardo?
Sempre gostei de estudar, mas algumas coisas me impediam de fazê-lo. O trabalho, a falta de tempo, excesso de problemas, muitas viagens, entre outros, faziam com que minha mente não estivesse ativa, estava apenas circulando e acomodando-se com os ciclos. Então a situação que eu vivia, era extremamente perfeita para o que eu era. Não que eu fosse assim, mas a situação acabou me deixando assim, naquele momento.
Como em todo relacionamento, ou quase todo, ocorre o sexo. Pode ser prazeroso ou constrangedor, depende de como você vê. Minha formação permitiu que eu tomasse conhecimento dos métodos contraceptivos, falo isso para depois, não me julgarem, ou falarem que eu abusei. Sempre exigi esse tipo de ação, afinal não éramos tão auto-suficientes, imagine se envolvesse uma terceira pessoa. Desejava realmente ter um filho, mas não naquele momento, jamais. Surge então a notícia que me deixou a priori feliz, a posteriori preocupado e revoltado.
- Estou grávida, você vai ser pai!
- Que bom! Quantos meses?
- 2 meses.
- Mas como assim? E os "remédios"?
- Não sei o que houve.
Veio assim a revolta e a preocupação. Eu tinha acabado de chegar de Camaçari – BA, do complexo industrial Ford do Nordeste, com uma proposta irrecusável de emprego. Intrincado é que eu já estava na Bahia há dois meses. Ela já sabia da proposta assim que eu cheguei dentro da Ford. Liguei para ela todo feliz, era uma oportunidade, voltaria a Juiz de Fora, somente para dar baixa na minha carteira e partiria novamente. Infelizmente, ou, felizmente, a notícia me fez continuar em Juiz de Fora. Vou dizer que é felizmente, pois o destino nos revela coisas boas, ou más. Parece que agora ele vai trazer algo de bom, isso nos dias de hoje.
Imagine agora quantas perguntas, que até hoje continuam sem respostas, vieram a minha cabeça. Voltando ao assunto: por trabalharmos, resolvemos então trazer a mãe dela para cuidar do Matheus.
Minhas viagens pelo Brasil continuavam. Consegui um contrato para a empresa que eu trabalhava, com a Honda. Eu executava o piso dos concessionários da Honda, de praticamente todo o Brasil, seguindo padrões solicitados pela fábrica. Utilizávamos um RAD (Revestimento de Alto Desempenho), vindo da Pensilvânia – EUA, com uma proteção superficial nas cores padrão. Isso é irrelevante, mas o intuito da informação é entender qual a minha necessidade de viajar, minha responsabilidade até então.
Passados 4 meses do nascimento de Matheus, eu estava em Vila Velha – ES, quando fui chamado pela Honda Motors, extra-oficialmente, para ir definitivamente para Manaus-AM. Feliz com a possibilidade de crescimento; dei a notícia à minha "família". Quão surpreendente foi, ouvir que ela estava grávida novamente. Daí para frente meu mundo desabou.
A dúvida começou a ser eterna, as brigas eram corriqueiras, não chegávamos a um senso comum, tudo era motivo de stress. Acho que assim, dá para dimensionar bem a situação. As viagens continuavam, no carnaval eu ia 3 vezes ao Rio de Janeiro por dia, obras em MG, RJ, BA, eu não tinha mais controle sobre minha vida. Passei a ver que eu estava sendo explorado de todos os lados, em casa e no emprego. Eu tinha que sustentar meus filhos, não tinha como eu fugir disso.
Ai surgiu o acaso, fui a Barreiras, sudoeste baiano, executar mais um piso. Ocorre que quando eu cheguei lá, as condições do substrato, fugiam ao que estava no contrato firmado, então o material que eu havia levado não era suficiente. Os bancos estavam em greve, a representante em São Paulo não tinha no estoque o produto que eu precisava, teria que vir dos EUA. Então eu tive minhas primeiras férias em 3 anos. Ali em Barreiras eu consegui ver como os baianos eram, receptivos, calmos, tranqüilos, simples e dedicados. O produto demorou 36 dias para chegar a Barreiras, então esses dias foram férias plenas. Senti com o exemplo baiano a necessidade de mudar, jogar fora o que é ruim e deixar o que é bom. Senti que eu teria de estudar, ter paz, ser eu mesmo. Eu era um apêndice da Júlio Camargo. Mandava em tudo, mas não tinha direito a nada.
Por dar muito valor a quem me acolhe demorei a perceber. Eu tinha medo de sair, ficar desempregado, eu sofria ameaças toda vez que pensava em questionar uma ordem. "Você vai pra rua", "Pensa nos seus filhos", "É isso e pronto" etc. O patrão nunca aceitaria um pedido meu de demissão. Surgiu então uma possibilidade, ele me convidou para ser sócio da empresa. No ato aceitei, mas não para ser sócio, mas para me livrar do vínculo de uma forma amigável.
Quando foi dada a baixa na minha carteira, para que eu pudesse entrar na sociedade, resolvi buscar novos horizontes. Não esqueçam que a "família" continua existindo e os problemas continuam a me acompanhar. Pedi então alguns dias de folga, para me recompor de tantas viagens e para dar certa atenção em casa. Na realidade isso era subterfúgio para sair do problema que era meu emprego.
Depois falam que não existe algo pré-determinado. Liguei meu velox, fiz um currículo rápido e disparei para três empresas. Estava chegando o carnaval, não custava tentar. Fiz isso como se eu estivesse mandando um e-mail para algum conhecido. Após algo em torno de 5 dias, não me lembro exatamente, recebi um telefonema. Era o Café Toko, me chamando para uma entrevista. Ao desligar o telefone, eu chorava, estava feliz. Daí para frente eu só chorava, emocionado, preocupado, feliz, era a minha chance. Chorei e rezei aproximadamente um mês, era entrevista, teste, entrevista, e, finalmente, recebi a notícia que me fez gritar, como alguém que ganha na loteria, em plena Rua Marechal Deodoro – lembrar disso me deixa feliz. As pessoas me olhavam assustadas, outras riram, esse cara é maluco?
Acho que consegui pegar o serviço rapidamente, pela minha "globalidade" e facilidade de ação com computadores, vocês que lêem este blog sabem disso.
Quase tive meu sonho, arrancado de mim, quando sofri uma ameaça real, de uma pessoa que eu nunca vi na vida. Caso algum dia eu tenha que redefinir esse episódio, eu posso dizer o seguinte: - Não posso concordar com as ameaças que sofri desta pessoa, porém agora, consigo ver o que ela passou, porque a mesma pessoa que fez ela (não é a Cristina desta vez, ela a pessoa que me ameaçou) sofrer, tentou me queimar a pouco tempo (uns 4 dias mais ou menos) com outra pessoa. Posso dizer que um dia a considerei maluca, mas ela não é tão maluca assim, ela estava tentando arrancar algo de mim, para usar contra quem atacava ela. A forma era errada, mas era uma forma de se defender. Entendo isso.
Acabada a experiência, eu pude então ter mais confiança no que fazia, pude buscar aperfeiçoamento então, sem ter o medo de errar e sofrer uma sanção, que seria maior em tempo de experiência. Em tudo que fazemos há um risco, errar é o risco que corremos quando tentamos aperfeiçoar, os erros são uma forma de aprendizagem.
Agora vem a melhor, ou a pior, parte. O Café me proporcionou coisas que eu jamais tive na vida; tranqüilidade, paz, descanso, folga, salário em dia, direitos e deveres. Proporcionou-me algo que eu sempre buscava e não conseguia, me dirigiu ao caminho do saber. A empresa tem uma política interessante relacionada aos estudos, ela quer que você estude, quer que você cresça, e assim, vocês podem crescer juntos. A pior parte refere-se à Cristina, que a meu ver, sempre estava puxando para trás. Portanto o desencadeamento dos fatos vai me proporcionar a visão certa e a separação.
Vamos voltar agora um pouco atrás, um pouco para a "família". A partir do café, consegui ter paz em casa, dando atenção aos meus filhos, à Cristina e à televisão. Porém daí partiu a rotina. Sempre a mesma coisa dentro de casa, sempre o mesmo fim de semana, sempre o mesmo canal, o mesmo horário e a mesma ociosidade. Novamente então, surgem as brigas. A ociosidade era a causa, sentia-me cômodo, não pensava.
Eis que surge a cartada final. Em uma quarta-feira à noite, o Jackson disse que eu deveria fazer inscrição na Estácio, pleiteando a entrada pelo processo seletivo do PROUNI. A princípio eu ri, achava que ele estava abusando de sua inteligência, ao pensar que eu conseguiria. Ele insistiu tanto, que eu resolvi fazer a inscrição. Eu estava desacreditado, achava impossível conseguir passar num processo seletivo assim. O Jackson continuava a me "atormentar", dizia que eu tinha dom para a coisa, o Direito, dizia que eu seria um grande jurista. Ele contou então ao Paulo Roberto, que continuou a falar, vai, vai, até disse que eu seria um bom advogado de porta de cadeia. (***RISOS***). A Christiane (a do Café) também me deu uma grande força.
Quatro anos sem estudar, quase me garantiam de não passar no processo seletivo. Mesmo assim juntei a documentação exigida e me dirigi à Estácio. Lá fiquei sabendo que eu ainda teria que passar pela triagem, que era necessária uma pré-seleção, para ser inscrito no vestibular do PROUNI, o vestibular seria no sábado.
A semana passava e eu não tinha nenhuma confirmação da inscrição, havia perdido a esperança. Sexta-feira, 21:15, o telefone da empresa toca. Eu estava prestes a ir para casa. Era uma funcionária da Estácio, confirmando minha inscrição no vestibular, que seria no outro dia pela manha. Eis que surge, a luz no fim do túnel.
Sábado, quase não consigo chegar a tempo para fazer a prova. Sento em uma das poucas cadeiras que estavam desocupadas, olhares cruzados, apreensão, medo, adrenalina. Minha adrenalina não parava de subir, estava roendo unhas, arrancando os cabelos, mordendo a caneta, batendo o pé. Estava nervoso, finalmente chegava a "prova". Levei um susto, não era uma prova, pedia uma dissertação. Perguntei-me: - Que diabos é dissertação? Português nunca foi minha praia. Eu tinha três horas para escolher entre dois temas e desenvolver uma "dissertação". Pedi duas folhas de rascunho, alguns me olharam assustados. "O desarmamento", ou "O que fazer para ter uma aula mais prazerosa?", qual tema escolher? Escolhi o segundo. Em uma das folhas, comecei a escrever palavras relacionadas a estudo, na outra eu juntava as palavras, formando frases sem sentido. Pedi uma terceira folha, eis que surge a dissertação. Meus pensamentos foram reativados, como se ligássemos uma máquina, as idéias fluíam, eu sentia um computador processando dados dentro de mim, sem travamentos, por favor. Passei a limpo a dissertação, vinte linhas exatas expressavam meu pensamento. Sai de sala com a esperança, pequena, de um dia voltar naquela faculdade. O resultado sairia terça-feira.
A terça-feira não chegava, as pessoas indagavam: - Como foi? – Dizia eu: - Não fui bem. Liguei para faculdade, terça-feira, umas dez vezes; a todo o momento era adiado o horário dos resultados. Que inferno era aquilo, eu pensava que não tinha passado, mas exigia uma prova disso. Entrei no site da faculdade às 17:00, estava lá: Saiu a lista dos aprovados no PROUNI. Eu clicava, não havia lista. Entrei então com o numero do meu CPF, para ver o comprovante de inscrição. O status da inscrição estava inalterado, desde o dia em que me inscrevi: "Admitido no processo seletivo". Mas esse status, queria dizer que eu havia sido admitido para fazer a prova. Liguei então para a Estácio, nervoso, queria uma resposta. O atendente disse que estava no site, que as linhas estavam congestionadas pelo excesso de ligações. Que estava no mesmo local onde eu comprovava minha inscrição no vestibular. Como o status estava inalterado, desisti. Veio o instinto, algo que me empurrava. Liga! Liga! Liguei então mais uma vez, pedi ao atendente, pelo amor de Deus, me dê uma posição. Surge o seguinte diálogo:
- Amigo. Boa Noite, eu sei que estou sendo chato, mas eu preciso saber o que resultado.
- Não podemos informar senhor, não temos a lista em mãos ainda.
- Onde eu consigo uma resposta concreta?
- Olhe no site senhor, onde você comprova sua inscrição, tem lá se você passou ou não.
- Amigo, eu estou com o papel na mão, não tem nada escrito aqui, que diga: Você passou, ou você não passou.
- O que diz ai filho? – O atendente já havia percebido que eu estava desesperado.
- Admitido no processo seletivo.
- Parabéns, você passou. – Por instantes o telefone fica mudo, surge uma lágrima contida, um suspiro profundo.
- Obrigado.
- Disponha.
Pirro dizia: - Devemos duvidar de tudo. Fui pirronista, cético, não acreditava no que acabara de ouvir. Entrei novamente no site da faculdade, fui atrás de mais provas. Quem poderia ter esse resultado dentro da faculdade? Achei o telefone da coordenadora do curso de Direito. Veio então a confirmação, você passou sim, parabéns e seja bem-vindo.
A primeira pessoa que mereceu ouvir o resultado foi o Jackson; que estava ao meu lado na minha sala, quem acompanhou e me envolveu em todo esse drama. Eu tinha vontade de desabar em prantos no ombro dele, de agradecê-lo eternamente por isso, sei lá realmente do que eu tinha vontade, a gratidão estava ali, mas eu tinha que parecer forte, seria gay eu chorar no ombro de um cara, ainda mais no ombro de um cara do tamanho dele. A segunda pessoa que eu deveria avisar era a Chris, entrei na sala dela em disparada, a Tia Márcia (contadora) também estava na sala. Eu tinha vontade de chorar, ganhei um abraço das duas, coisa de mãe, me proporcionou o conforto. Após a emoção, veio a vontade de gritar, de jogar isso na cara de muita gente, de xingar, de cuspir para o alto e deixar cair na própria testa; essa vontade de explodir, será texto para um próximo post.
Fiz minha matrícula na faculdade, eu havia perdido um mês de aula, por conta do atraso no processo seletivo. Passei em quinto lugar geral, 602 pontos em uma redação que valia 700. Meu feito rendeu o reconhecimento do café e da faculdade, recebi uma homenagem do café, que me colocou na terceira edição do jornal Mundo Toko. A Estácio me pediu uma entrevista, dei a entrevista para o setor de jornalismo da faculdade, só não foi publicada no jornal, por que eu critiquei o programa que acabara de me colocar na faculdade. Minhas críticas foram voltadas para a falha de assistência do programa, a faculdade é gratuita, mas não é vista a questão de livros, passagens, alimentação. Muitas pessoas desistem do programa por causa disso. Pelo menos não deixei de defender meu ponto de vista e a aqueles que realmente necessitam desta ajuda. É como você ganhar um avião e não ter como voar nele, pois não tem capital para o combustível.
Voltemos à "família". Cheguei em casa, feliz igual a "pinto no lixo". Meus sonhos estavam sendo reativados, meus desejos saindo do papel. Eu estava em voga, sentia isso, falei com a Cristina. Nem um abraço eu ganhei, foi como se não importasse, foi indiferente, a única coisa que escutei foi um "que bom". E daí para frente a coisa desceu ladeira abaixo, de vez. Expliquei para ela a necessidade de cortes, expliquei a necessidade de reduzir meu gasto com a casa. Poderia ser sacrificante, mas o retorno seria imenso. Parece que não recebi a devida compreensão, começaram novamente as brigas, desta vez mais acaloradas.
Começa a implicância com os horários, com a atenção aos filhos, com os estudos. – Você só quer saber de estudar, você está chegando tarde em casa, eu não vou pagar isso este mês, você tem que pagar isso também, e Blá, Blá, Blá.
A história desta "família" acabou semana passada, onde em um desses bate bocas da vida, eu escutei o que me feriu, por ser mentira e pela bola de neve já criada.
Algumas frases que foram citadas e as devidas explicações:
- Seu negócio agora é esta faculdade. (E não era para ser? É a possibilidade de crescimento).
- Você só está comigo por que eu sustento a casa. (Até parece que eu não pago plano de saúde, não pago a luz, não pago o condomínio, não compro os remédios, o gás e parte dos alimentos) – Acho que isso me causou o maior impacto.
- Você não dá educação para seus filhos. (E os filhos são só meus? O tempo que tenho para eles eu tento lhes passar o que é bom, um exemplo, mas não posso ser onipresente. Que educação dar a um filho que só entende ainda a linguagem corporal e visual?)
É a gota final. A todo o momento me pergunto o motivo de não ter separado antes. Eu sempre tive milhares de motivos, a maioria dos meus amigos foi expulso por ela de minha casa, simplesmente porque ela não gostava deles, ou de palhaçada comigo. Humilhava-me na frente deles, reclamava a todo o momento que eu não a levava para sair. Todas as vezes que eu saia com ela e amigos, ela fechava o tempo, cara feia, raiva, por eu conversar com as pessoas. Até o Carlos (TDK) foi maltratado por ela, sinto muito por isso, muito mesmo, acho que ele não voltou mais à minha casa por causa disso. E não foi somente ele, Luis Paulo (LP), Lincon (Bombmaker), Anderson e tantos outros também sofreram com isso.
Analisando tudo por fora, posso ver que eu estava acomodado com isso, não ligava muito, ficava revoltado, mas nada fazia. Tudo pelo meu inativismo mental. Agora que me vi obrigado a pensar, a produzir, percebi que estava me fazendo mal. Só conseguimos mudar quando pensamos, meu cérebro parece uma bomba, acho que conseguiria discutir até mesmo com o Einstein, a respeito da Teoria da Relatividade, tamanha é a fluência das idéias.
Como ficar com uma pessoa que está sendo egoísta? Agora pouco me importa as conseqüências, não vou voltar atrás. Estou ainda nesta casa somente esperando achar um local para me mudar, sei que será difícil, mas nada foi tão difícil para mim, do que ter que ver todo o tempo que perdi. A ajuda do café é de grande importância, sem ele acreditar em mim, nada poderei fazer, pois ele, a faculdade e os meus dois guris, são a razão do meu viver, a razão de ser mais. Digo isso, pois eu serei eternamente grato ao café, me proporcionou o encontro com algumas pessoas, que são mais que amigos, além dos que já disse, posso citar, o Paulo Roberto, Claudomar, Lucélia, Alex, William, Carlos Eduardo, Lúi, Geraldos, Hugo (que tudo me ensinou, além da Chris, que a evolução me proporciona), Ary, Lúbina, Fernanda, nossa é um tanto de gente, que daria mais um post. São pessoas que estão ali, te ajudam a todo o momento, desempenham um papel importante na minha vida. E este papel é quase o único na minha vida, visto que agora eu recomeçarei uma vida.
Não quero que meus filhos sintam um dia por isso, quero que eles vejam isso por outro prisma, o de que o pai deles dividiu o caminho, para mais a frente poder dar-lhes conforto e para eles não passarem por tudo que passei.
É muito cedo para dizer isso, mas parece que um dia vou formar uma outra família, com ou sem filhos, desta vez terá que ser uma família. Nada disso aconteceria se eu tivesse tido uma família na minha adolescência, acho que minha saída de casa precoce acabou por comer um tempo de minha vida. Foi ruim, mas eu só sou quem sou; pelas pedras que tive que enfrentar na vida. Pedras essas que não estavam nos pés, estas pedras foram jogadas em mim, atiradas. Sai arranhado com algumas, mas da maioria me desviei. Agora seria a minha vez de jogar as pedras, mas não farei isso. Mostrarei aos que me jogaram pedras, aos que me julgaram, que eu estou aqui para ajudá-los, eu estou aqui para colaborar, somar e não ser um resultado ou valor final.
Espero que, apesar de complexo, este texto tenha sido entendido.
Agora eu vivo um outro contexto, acho que seria cedo demais, mas busco um outro alguém, você sozinho não é nada. Eu esbarro agora numa outra situação, tratarei disso mais para frente. Estou agora é com medo, medo de reiniciar um relacionamento, apesar de estar "maquinando" isso. Eu espero que o tempo desta vez seja mais rápido, me mostre as coisas mais rapidamente, para que eu faça decisões certas, mas não precipitadamente.
Vou terminar, mais uma vez, mostrando o devido valor da amizade. Quando você tem um AMIGO, você o terá pelo resto da vida.
Quando eu menos acreditava em mim, meus amigos acreditavam. Quando eu perdia a razão, meus amigos a tinham por mim. Quando eu duvidei da minha capacidade, TODOS acreditavam.
Nunca duvide de sua capacidade, esteja sempre disposto a mudar, dê valor ao que te faz bem, observe o que te faz mal.
Mais uma vez meus agradecimentos a todos aqueles que são meus amigos. Isso é, foi, e será, muito importante para mim. Vocês são parte de minha vida.
Até o próximo post,
Eduardo Xavier
Café Toko – Mais prazer em sua vida.